Maior Acidente Nuclear Brasileiro, Césio-137

Por Vinícius Gomes - Whataheal

O Programa Linha Direta, Abordou o Assunto
Não há como falar sobre o acidente nuclear no Japão, sem mencionar o maior acidente nuclear brasileiro, o Acidente com o Césio-137, em Goiânia, Goiás. Dois moradores de rua estavam procurando por algo nas antigas instalações do Instituto Goiano de Radioterapia (Santa Casa de Misericórdia), no centro de Goiânia. Lá encontraram  um aparelho de radioterapia abandonado e pensaram que poderiam ganhar dinheiro e levaram para a casa de um deles.
Venderam para um ferro-velho, o dono ao desmontar o aparelho entrou em contato com 19,26 gramas de cloreto de césio-137 (CsCl), um pó branco parecido com sal de cozinha (Cloreto de Sódio) que no escuro, brilha e tem uma coloração azul. Ele achou isso muito interessante e levou até seus familiares e vizinhos, que também ficaram muito impressionados, achando ser algo “sobrenatural” . Isso levou com que as pessoas que ficaram em contato com o pó radioativo, fossem contaminadas, as evidências da contaminação apareceram após algumas horas, os contaminado apresentaram os seguintes sintomas:  vômitos, náuseas, diarréia e tonturas. Os médicos e enfermeiros que trataram dos contaminados pensaram que se tratavam apenas de uma infecção. Só descobriram se tratar de Contaminação Radioativa quase um mês depois, quando a esposa do dono do ferro-velho levou parte do aparelho de radioterapia para a Vigilância Sanitária.
O Resultado disso foi a contaminação em massa, das pessoas que tiveram contato com o Césio-137, os vizinhos e as pessoas que trataram delas. Houve vítimas fatais, os que sobreviveram desenvolveram vários tipos de câncer e há o risco de filhos e netos também desenvolverem, sem contar a contaminação do local. O processo de descontaminação dos locais atingidos foi trabalhoso. A retirada de todo o material contaminado com o césio-137 rendeu cerca de 6000 toneladas de lixo (roupas, móveis, materiais de construção e hospitalar, entre outros). O lixo radioativo encontra-se confinado em 1.200 caixas, 2.900 tambores e 14 contêineres (revestidos com concreto e aço) em um depósito construído na cidade de Abadia em Goiás, onde deve ficar por aproximadamente 180 anos. A Justiça julgou e condenou por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) três sócios e funcionários do antigo Instituto Goiano de Radioterapia (Santa Casa de Misericórdia) a três anos e dois meses de prisão, pena que foi substituída por prestação de serviços comunitários.

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