No Domingo (30) Começa o XIX Simpósio Nacional de Ensino de Física - SNEF é um evento promovido pela Sociedade Brasileira de Física – SBF, e que acontece a cada dois anos, mudando a cidade-sede a cada Simpósio. O I SNEF ocorreu no Instituto de Física da Universidade de São Paulo em 1970, quatro anos após a criação da Sociedade Brasileira de Física. O XIX SNEF acontece no Campus da Universidade Federal do Amazonas.
Os SNEFs congregam alunos e professores dos diversos níveis de ensino, interessados em debater questões relacionadas ao ensino e aprendizagem de Física, à pesquisa realizada no campo de investigação do Ensino de Física e à formação de profissionais para atuarem nesse campo, quer como docentes ou como pesquisadores.
Em sua condição de Simpósio Nacional, os SNEFs procuram contribuir de forma significativa para o intercâmbio de idéias e das múltiplas experiências vivenciadas pelos seus participantes. Nesse contexto, a comunidade de Ensino de Física e Ensino de Ciências em geral e aqueles interessados e/ou de alguma forma ligados ao tema são convidados a participar do XIX SNEF, seja apresentando relatos de suas atividades de pesquisa, relatos de suas experiências de docência, relatos decorrentes de outros projetos ou na condição de ouvinte.
O EBJ estará marcando presença para deixar todos o leitores por dentro do Simpósio, no encerramento dedicaremos um post explicando porque é importante discutir sobre o Ensino de Física.
Está cada vez mais difícil responder a esta pergunta, que muitos consumidores têm feito desde que esta tecnologia chegou às prateleiras, há cerca de um ano.É que, a julgar pelo ritmo das pesquisas, logo será possível contar com imagens 3D verdadeiras, na forma de uma TV holográfica.
Vídeo holográfico
Em Novembro de 2010, um grupo da Universidade do Arizona (EUA) apresentou o primeiro video 3D holográfico em uma demonstração daquilo que os pesquisadores chamaram de telepresença holográfica.
No início de 2011, a IBM divulgou suas expectativas de que projeção holográfica será realidade em cinco anos.
Agora, um grupo do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT - EUA) melhorou a projeção daquele primeiro vídeo holográfico por um fator de 30. Na demonstração, a imagem era atualizada uma vez a cada dois segundos; agora são geradas 15 imagens holográficas por segundo.
Ainda é difícil reconhecer a Princesa Léia na projeção, mas as TVs comuns também não começaram seus dias com projeções em alta definição. Além disso, na demonstração agora realizada, as imagens estavam sendo geradas em tempo real - em Guerra nas Estrelas, o filme estava armazenado em um disco no robô R2D2.
Kinect "hackeado"
O sistema do MIT usa apenas um dispositivo de captura de dados - a câmera do Kinect, o recém-lançado sistema de jogo do Xbox da Microsoft.
Os pesquisadores colocaram suas mãos no aparelho apenas no início de Dezembro, gerando de início uma taxa de sete quadros por segundo.
Em poucos dias, eles dobraram essa velocidade, chegando aos 15 quadros por segundo do protótipo apresentado no último domingo, na Conferência de Holografia Prática, realizada pela SPIE (Sociedade de Engenheiros de Instrumentação Foto-óptica).
Eles estão confiantes de que, com um pouco mais de tempo, poderão aumentar a taxa ainda mais, chegando aos 24 quadros por segundo do cinema, ou aos 30 quadros por segundo das TVs - velocidades que criam a ilusão de movimento contínuo.
Na demonstração, as imagens estavam sendo geradas em tempo real - em Guerra nas Estrelas, o filme estava armazenado em um disco no robô R2D2. [Imagem: MIT Media Lab]
Diferenças das imagens 3D holográficas
A diferença entre os hologramas e o tipo de imagem 3D que estão se tornando comuns nas salas de cinema é radical.
Durante uma sessão, digamos, da versão 3-D de Avatar, os telespectadores no corredor da extrema-esquerda do cinema veem a mesma imagem que os telespectadores no corredor da extrema-direita. A imagem tem profundidade, mas foi filmada a partir de uma única perspectiva.
Conforme um observador se move em torno de um holograma, no entanto, sua perspectiva sobre o objeto projetado muda continuamente, exatamente como aconteceria se o objeto fosse real.
Uma câmera 3-D capta a luz refletida por um objeto em dois ângulos diferentes, um para cada olho. Mas, no mundo real, a luz é refletida pelos objetos em um número infinito de ângulos.
Os sistemas de vídeo holográfico usam dispositivos que produzem as chamadas franjas de difração, finos padrões de claro e escuro que curvam a luz que passa através deles de uma forma previsível.
Uma matriz de padrões de franjas densa o suficiente, cada uma curvando a luz em uma direção diferente, pode simular o efeito da luz sendo refletida por um objeto tridimensional.
Holovídeo em tempo real
O desafio com o vídeo holográfico em tempo real é capturar os dados do vídeo.
No caso do Kinect, esses dados são a intensidade luminosa de cada pixel da imagem e, para cada um deles, a medida da distância da câmera. E tudo em tempo real, convertendo os dados em um conjunto de padrões de franja.
"Realmente, o foco do nosso trabalho na holografia digital - e acho que isso nos torna bastante singulares dentro da pequena comunidade que está fazendo holovídeo - é que nós estamos tentando fazer um produto de consumo," afirmou Michael Bove, que está coordenando as pesquisas.
"Então, temos dito: 'Como é que você pode fazer isso o mais barato possível - tirando proveito do hardware, do software, dos padrões e de tudo o mais que já existe?' Porque essa é a maneira mais rápida de colocá-lo no mercado," diz Bove.
No protótipo apresentado durante a conferência, o Kinect passa os dados para um notebook comum, que retransmite a informação através da Internet.
Na extremidade receptora, um PC com três placas gráficas calcula os padrões de difração e passa os dados para o projetor holográfico.
Projetor holográfico
O único componente do sistema de vídeo holográfico apresentado pelos pesquisadores que não poderia ser comprado em uma loja de informática é o próprio projetor holográfico.
O equipamento é resultado de décadas de pesquisas, que começaram com Stephen Benton, no MIT, que construiu a primeira tela de projeção holográfica no final dos anos 1980 - quando Benton morreu, em 2003, o grupo de Bove herdou o projeto de vídeo holográfico.
O projeto atual utiliza um projetor holográfico conhecido como Mark II, um sucessor do projetor original de Benton.
Mas Bove contou que seu grupo está desenvolvendo uma nova tela holográfica que é muito mais compacta, produz imagens maiores, e também deverá ser mais barata de se fabricar.